Ensaiando os primeiros passos que levaria a arte definitivamente para além do cubo branco, artistas de todo o mundo iniciaram, nos anos 1960, processos que emanciparam seus trabalhos das paredes e pisos de museus e instituições de arte, aproximando-os não só da cidade e da natureza, como também de uma parcela mais expressiva da população.
Desde Allan Kaprow, nos Estados Unidos, que criou, a céu aberto, trabalhos sujeitos às ações do tempo criados de maneira colaborativa, até as ações de Hélio Oiticica no Aterro do Flamengo, a geração que cravou espaço para a criação de uma ponte na qual a arte encontra o cotidiano.
Herança desses movimentos, não só podemos citar espaços em que a arte convive com a natureza em grandes museus a céu aberto, como também o exemplo da cidade de São Paulo, que se configura, hoje, como um grande centro de manifestações expressivas em que a arte integra o dia a dia nas empenas grafitadas e esculturas de artistas como Tomie Ohtake que criam marcos visuais em meio ao funcionamento da maior cidade da América Latina.
Para esta edição, selecionamos alguns espaços ao redor do mundo que proporcionam uma experiência artística que dialoga com o ambiente em que está inserida e criam percursos expositivos que permitem a fruição do trabalho de renomados artistas em locais abertos e descontraídos.