Nos embalos com Uniflex – De portas abertas!
Imagem: The coplen door’, instalação do artista Thiago Rocha Pitta, que inaugurou o Programa Intervenções do MAM Rio. Foto: Fabio Souza.
Convidado à reinvenção do seu funcionamento, o MAM Rio reabre as suas portas com seis exposições incríveis.
Após seis meses de recolhimento, o MAM Rio reabre as suas portas reinventando os seus protocolos de segurança para a retomada das suas atividades, que ocorreu em 12 de setembro, com o comprometimento de preservar a saúde da sua equipe, da comunidade e do seu público. Um dos maiores museus de arte moderna brasileira passa a utilizar medidas fundamentais para o dia a dia do seu funcionamento durante a pandemia, como a sanitização dos espaços, o distanciamento orientado, a inserção de totens com álcool 70%, a aferição de temperatura e o uso obrigatório de máscaras.
Com capacidade reduzida, o museu opera também em novos horários: 31 nos embalos com uniflex às quintas e sextas-feiras, das 13h às 18h; e aos sábados e domingos, das 10h às 18h. Além disso, compreendendo a situação atual da população, o MAM Rio oferece ao visitante a oportunidade de acesso às suas galerias com contribuição voluntária.
O museu garante, ainda, a excelência da sua programação por meio de seis novas exposições, sendo uma delas parte do seu novo programa intitulado ‘Intervenções’, levando o espectador para a área externa do museu que abriga projetos de artistas brasileiros, com destaque para o trabalho do mineiro Thiago Rocha Pitta, que nas últimas duas décadas vem desenvolvendo uma reflexão fundamentada na observação das ações do tempo, dos fenômenos da natureza, das reações químicas e físicas, da ruinificação das coisas e das transformações do planeta.
Para a ocasião, o artista idealizou e criou a exposição ‘Noite de Abertura’, com um filme reproduzido em 2 de setembro, data em que ocorreu o trágico incêndio no Museu Nacional, antiga residência dos imperadores, e destruiu quase todo o acervo histórico e científico construído ao longo de dois séculos. O filme pode ser assistido diariamente das 17h às 22h. A expo inclui ainda uma escultura localizada no vão livre do espaço. Ambas as artes possuem o mesmo título, ‘The clopen door’, e ficarão em cartaz até 15 de novembro.
O visitante poderá conferir, também, a individual da artista Wanda Pimentel, uma das figuras fundamentais para a nova figuração brasileira da década de 1960. O conjunto reúne cerca de 20 trabalhos das quase 30 obras de sua autoria que compõem o acervo do museu. A exposição vai até 10 de janeiro de 2021 e os ingressos podem ser reservados pelo site do museu.
As coletivas ‘Campos Interpostos,’ ‘Alucinações à beira-mar’ e a individual ‘Poça/Possa’, de Ana Paula Oliveira, fazem parte das expos do museu.
E para encerrar com chave de ouro, a mostra ‘Irmãos Campana – 35 Revoluções’, inicialmente programada para ser exibida em março deste ano, finalmente toma corpo no espaço de 1,8 mil m2 do segundo andar do edifício. Sendo uma das exposições mais esperadas do ano, ‘35 evoluções’ celebra a sólida e duradoura jornada de uma dupla que integra os grandes nomes do design brasileiro.
Entre projetos inéditos e instalações concebidas especialmente para o espaço, uma grande eleção de peças de design e esculturas, desenvolvidas pela dupla nas últimas décadas, foram colocadas em diálogo entre si, com o ambiente e com o conceito de ‘escultura social’, desenvolvido pelo icônico artista alemão Joseph Beuys.
Com curadoria da italiana Francesca Alfano Miglietti, as instalações e as centenas de peças selecionadas para essa exposição evidenciam a potência revolucionária da estética dos Irmãos Campana, com um recorte em que a arte é vista como prática comum e, portanto, uma ferramenta de melhoria da relação ser humano-mundo, dissipando a linha limítrofe entre arte e vida.
Imagem: The coplen door’, instalação do artista Thiago Rocha Pitta, que inaugurou o Programa Intervenções do MAM Rio. Foto: Fabio Souza.